terça-feira, 29 de novembro de 2011

 Sonho desfeito

Minha pobre alma louca,
criando sonhos, vivendo vidas veladas
por véus que encobrem a realidade.

Sentindo-se amada, amou
mesmo com tantos desenganos
mesmo passada tantas dores
amou, simplesmente.

Dançando entre a realidade,
cantando abraços
e vivendo de beijos.

Seu amor 
a tantas vidas 
reencontrado
zelando por este amor,
                                                                           amou, também.

Mas o que separou no passado
separa no presente,
Que culpa tem minha pobre
alma louca
se sonha um amor impossível?

Alma louca,
alma cigana,
cheia de paixão,
fogo que de repente
perde o controle
e no descontrole
magoa.

Sinto, amor,
mas sonhei um
retorno mágico
e diante do desengano
rasguei o véu,
olho pra você 
e não te vejo mais,
não quero mais teus beijos,
abraços.

Recolhi minhas medalhas,
vesti minha saia
vou dançar,
cantar,
rodopiar livre,
pelas noites
e na gargalhada da 
minha alma louca,
esvazio toda a minha dor.

Sou cigana,
sou guerreira
sou livre,
e como já fiz
nas nossas muitas vidas
juntos
estou partindo
adeus.